Boa tarde!!
Nossa, pensei que não daria para passar por aqui hoje...Como sempre, muito trabalho...rsrs. Mas cá estou eu! Como vão vocês?
Ontem eu fui à minha consulta com a endocrinologista (já fazia tanto tempo que havia marcado, que quase me esqueci!). Gostei muito dela, super sincera e realista - recomendo!
Confesso que fui lá na esperança de ouvir uma receita milagrosa para emagrecer rápido e comendo de tudo. Mas, pelo contrário, ouvi o que minha nutricionista já me dizia e que eu já estou "careca" de saber. Engraçado isso...a gente já sabe tudo o que tem que fazer, mas teimamos em continuar com os velhos maus hábitos.
Entrei no consultório reclamando que, apesar de estar fazendo as mesmas coisas que fazia no ano passado, não estava, nem de longe, conseguindo emagrecer da mesma maneira. A médica então me perguntou se eu continuava a dar minhas "escapadas" nos fins de semana. Eu disse que sim (lógico!). E, para minha tristeza, ela disse que o problema era justamente esse.
Segunda ela, como eu emagreci muito, mas meu corpo e meu cérebro continuaram a pensar como gordos, eu entrei numa fase na qual o organismo tende a querer "estocar" o máximo de gordura possível. É como se meu cérebro interpretasse a diminuição drástica de ingestão de gordura como um perigo, como se algo ruim estivesse acontecendo comigo (como se eu estivesse passando fome, por exemplo). Para me "proteger" ele passa, então, a guardar o máximo de gordura que ele consegue.
Resultado: tudo o que eu como fora da dieta que a nutricionista me passou é absorvido pelo meu organismo com muito mais intensidade (e na forma de gordura!). Ela me exemplificou da seguinte maneira: se antes um copo de cerveja me fazia engordar um quilo, por exemplo, agora esse mesmo copo de cerveja me fará engordar dois quilos. Simples assim.
A médica continuou me explicando que somente depois que eu emagrecer tudo o que preciso e ficar um ano em manutenção é que meu organismo se acostumará com a ideia de eu estar comendo menos, não significa que estou numa situação de perigo.
Falei para ela que era muito difícil abrir mão de tanta coisa assim (tanta comida gostosa). Por tanto tempo. E, na tentativa de me acalmar, ela disse que não era para sempre. Que eu não terei de deixar de comer essas coisas para o resto da minha vida. Que isso é momentâneo.
Nem precisa dizer que saí do consultório pensando "Meu Deus tô ferrada!". Mas depois que contei até 10 e respirei bem fundo, comecei a pensar melhor.
1º- Ela não me disse nenhuma novidade. Qualquer pessoa que faz R.A. sabe que esses "pequenos" deslizes fazem toda a diferença.;
2º- Todo mundo sabe que emagrecer exige sacrifício, que ninguém consegue emagrecer comendo de tudo.
Mas porque será que é tão difícil. Confesso que a primeira coisa que quis fazer quando cheguei em casa foi comer um pedaço giganteeeee do bolo do aniversário da minha mãe (comemoramos no último sábado, com um bolo de coco, ameixa e leite condensado...não precisa falar nada!). Fiquei numa luta interna comigo mesma durante um bom tempo. Algo do tipo: "Come agora, já que você terá de ficar o restante do ano sem comer nada de gostoso!" e "Se você ficar mesmo o restante do ano sem cometer nenhum deslize, comer esse bolo hoje não fará o menor problema".
Porém, essa batalha eu venci! Pensei: Quanto mais cedo eu começar a fazer as coisas certas, mais cedo vou emagrecer e mais cedo vou poder comer outras coisas (com moderação, claro!). É aquela velha história, que já disse aqui outras vezes: precisamos nos permitir emagrecer. E isso não é fácil. Se permitir emagrecer é sim se permitir não comer aquele bolo de chocolate ou beber aquela cervejinha gelada no fim de semana. Se permitir emagrecer é se permitir ir à academia depois de uma dia cansativo no trabalho.
Se escolhemos emagrecer, não temos escolha! Ou mudamos ou mudamos. Ou nos permitimos emagrecer ou permaneceremos na mesma situação. Ninguém nos disse que seria fácil, disse? Então porque queremos emagrecer num "passe de mágica"? Emagrecer, como tudo na vida, exige um passo de cada vez. Exige esforços, exige dedicação e força de vontade.
Eu não estava me dedicando o bastante. E você? Estamos fazendo nosso melhor? Ou estamos deixando para amanhã (afinal temos o ano inteiro pela frente)?
Eu estou descobrindo, aos "trancos e barrancos" que eu não vou morrer se não comer um pedaço de bolo. Estou aprendendo que a comida do mundo não irá acabar no dia seguinte. Que chocolate não é sinônimo de felicidade. E que academia não é sinônimo de tortura.
Estou aprendendo a dar um passo de cada vez. A resistir à tentação por apenas um dia.
Aprendendo e emagrecendo...vamos que vamos!!
Bjos!